No livro Distância de resgate, a Samanta Schweblin se questiona: existe algum apocalipse que não seja pessoal? Eu, particularmente, acho que não. Todos são pessoais. Tenho uma grande afinidade com os temas que você traz aqui, morro de medo da morte, e carrego meus mortos desde muito cedo. Obrigada por escrever, estou pensando várias coisas agora.
“Não escrever começou a dar mais trabalho do que escrever.” - eu sei que doeu, mas que bom que não escrever finalmente tornou-se insuportável. Eu esperei tanto, mas tanto por esse momento, amiga. Saboreei cada parágrafo, cada frase, palavra, vírgula, cada respiro desse texto. Estou muito feliz pelo seu retorno, minha Gabs. Senti você emergindo em cada frase, me emocionei com você. E, em alguns momentos, tive dificuldade de ler porque meus olhos ficaram ligeiramente alagados. Volto depois, porque agora a emoção da amiga que te ama tá afetando a leitora de fazer um comentário mais coerente e inteligente.
Mulher pelamordadeusa. O disclaimer desse texto não devia ser sobre os caracteres! Tinha que ser algo tipo ARE U READY FOR THIS?? Eu fico BESTIFICADA com a sua escrita, com a profundidade dos teus textos e do arcabouço cultural que teu cérebro carregaaa!!! Mas com esse seu comeback eu fiquei, mais do que nunca, tocada (e por tocada entenda que 😭😭😭). E me identifiquei forte com a dificuldade de se permitir sentir-se miserável, uma vez que temos consciência social, sabemos o mundo (o país e a cidade) onde vivemos. Ainda não sei como me permitir sofrer em cima de nossa pequena montanha de privilégios (que, no nosso caso, estão mais para direitos básicos ou sorte de não estar no lugar errado na hora errada). Mas desconfio que a resposta esteja justamente nesse texto. AFF... EU FICO BESTAAAAA 😍🌷🫠 OBRIGADA POR VOLTAR.
Nem vem que eu que te amo e BEM MAIS <3 (Em tempo: talvez ao tentar logar na minha conta substack pra curtir seu comentário eu tenha tentado logar NA SUA CONTA. Fique tranquila! Não foi um ataque hacker! Ai, que burra, dá zero pra ela)
Caramba, eu amei seu texto. Eu entrei aqui pra dizer isso. Eu encaminhei pra minha esposa e logo já vou encaminhar pra um amigo assim que ele me passar o email. Sério, fantástico
Menina, que newsletter incrível. Estou aqui me redescobrindo na internet depois de completar 40 anos (qual é meu espaço aqui neste mundo? Na internet?) e encontrei o Substack. Também estou preparando meus escritinhos pois, como você, prefiro escrever a não escrever.
Também tenho minhas vezes com o luto, pois perdi meu pai aos vinte anos e vivo presa em what ifs de como seria se ele ainda estivesse vivo. E acho que, aqui no Brasil, a vida é tão absolutamente desvalorizada, sabe, temos que lidar com a morte diariamente, são tantas tragédias, essa COVID e tantas outras coisas... que parece que o brasileiro vive em um estado constante de luto e desilusão (pois sabemos que não há como melhorar). E você está no olho do furacão. Processe seus lutos e suas dores, e se for através da escrita, melhor.
Entendo muito bem essa exposição da vulnerabilidade em uma internet que já não é mais segura desde a era dos blogs. Mas saiba que aqui é um espaço seguro e que estamos com você :)
Eu sinto que aqui em Petrópolis, a gente revive esse luto da última chuva constantemente, seja quando chove mais forte, seja vendo as feridas nas montanhas. Somos sortudas de continuarmos aqui. Você já viu Suzume? Quase não acreditei que tava em cartaz no Mercado Estação (of all places), mas também é um filme sobre lutos e grandes tragédias, sobre aprender a fazer sentido delas. Apesar das dores, fica a alegria de te ver escrevendo de novo. Bem vinda de volta!
Sim, eu tb tive essa impressão no fim do ano. Especialmente porque moro muito perto de um ponto de apoio, então qualquer chuva já ouço as sirenes. Minha mãe diz a mesma coisa: ela estava no centro no dia da primeira chuva, ficou ilhada no Shopping Dom Pedro e ainda me ligou para brincar comigo que a cidade havia enchido e ela ia aproveitar para seguir o meu conselho em caso de enchente: lanchar. Como o centro enche TODO ANO eu não dei nada por isso até que começaram a surgir os vídeos no Twitter e minha mãe, àquela altura, estava quase sem bateria. Ela teve que voltar para casa à pé, tarde da noite, com um grupo de desconhecidos, através da lama e das barreiras e dos corpos, Rua Teresa acima. Nosso bairro sem luz, ela não conseguiu carregar o celular, top 5 piores momentos da nossa vida fácil.
Em uma nota um pouco menos pesada: 1) não vi Suzume, mas como gosto muito do Makoto Shinkai já vou colocar na minha lista, obrigada. 2) De vez em quando o Estação vira cinema alternativo aleatoriamente. É muito bizarro HAHAHAHA. Três meses de um único filme da Marvel dublado em todas as salas e pufff, duas semanas de um filme iraniano numa sessão de duas da tarde.
Foi tudo muito bizarro, sinto muito pela experiência de vocês. Aqui no Valparaíso teve algumas ocorrências assustadoras, mas eu já estava em casa e não senti o impacto de muita coisa - até por falta de luz e Internet. Só me dei conta na manhã seguinte. Uma noite desgraçada que ficará na cabeça da gente por muito tempo.
Espero que goste de Suzume! E sim, os cinemas dessa cidade! Tem coisa que só em Itaipava ou sala gold, aí do nada essas pérolas na promoção de 2x1 (sério, eu e meu marido pagamos juntos 11 reais haha). Vamos aproveitar o que tem de bom!
Que texto incrível. O pior, ou melhor, é que ontem li Blues do fim dos tempos do Ian McEwan e sua newsletter complementou totalmente a inquietação provocada pelo conflito entre a extinção, nossa, da espécie, das nossas identidades e memórias. Obrigado por compartilhar essa reflexão genial.
eu aqui lidando eternamente com arrumações, "minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos", saboreei e me emocionei com cada palavra. te amo, amiga. bem vinda de volta.
Li o texto por recomendação de outra newsletter e nossa, que ventos bons que me sopraram até aqui! Ultimamente tenho lido muito sobre o Apocalipse pra tentar entender como estamos vivendo este agora, que parece cada vez mais definitivo. Me deu muito o que pensar (e, esperançosamente, o que escrever). Obrigada ❣️
Abri a lista do Letterboxd e há, nela, Choosing to Die. Lembro-me do quanto chorei quando assisti a morte do entrevistado, do choque absurdo que senti, uma mistura de tristeza e revolta. Era a primeira vez que assistia alguém morrer. Alguns anos depois meu pai infartou e ficou no CTI por um mês, onde infartou novamente mas por fim estabilizou. Ele desceu para o setor, e fui ser acompanhante. Havia outros pacientes lá, e o quarto fedia urina. Às três horas da madrugada, e ele pediu para caminhar. Deu alguns passos dentro do quarto e perdeu as forças. Eu até tentei pegá-lo mas a bermuda escorregou e ele caiu uns 20 centímetros de bunda no chão. Peguei ele no colo e coloquei na cama. Perguntei se estava boa a posição e ele disse que sim. Só que ele estava mais pro meio da cama, então o coloquei mais pra cima e e perguntei se estava bom. Ele não respondeu. Acendi a luz e na hora notei que a pupila dele continuava dilatada. Saí correndo e chamei os enfermeiros.
Quando cheguei no quarto com os enfermeiros notei que o mamilo dele tinha descolorido. Era parada. Uma enfermeira começou imediatamente massagem cardíaca, enquanto os outros iam buscar os equipamentos.
Foi declarado óbito após 45 minutos de tentativa de ressuscitação. A camisa do enfermeiro que ficou fazendo massagem cardíaca estava ensopada de suor. Durante estes quarenta minutos eu não estava desesperado, mas ansioso. Fiquei andando no corredor. 88 passos para atravessar, 1 minuto e 33 segundos de duração. Eu soube de sua morte alguns minutos antes do médico sair do quarto para anunciar - notei que o som das máquinas havia parado.
Olhando em retrospecto, Choosing to Die me preparou para um pouco para este momento – se é que o termo "preparado" possa ser aplicado, claro. Há certo conforto em viver a vida e viver a morte dos outros. Vou dar uma olhada em alguns dos outros filmes e livros que você cita (o viver a vida dos outros, né), embora tenha uma certa dúvida que terão impacto maior que esta newsletter. Obrigado.
Muito obrigada pela dica! Acabei de consertar - e ri bastante que o que estava no lugar foi um artigo sobre a trajetória doida do sujeito que criou o Duolingo. :)
No livro Distância de resgate, a Samanta Schweblin se questiona: existe algum apocalipse que não seja pessoal? Eu, particularmente, acho que não. Todos são pessoais. Tenho uma grande afinidade com os temas que você traz aqui, morro de medo da morte, e carrego meus mortos desde muito cedo. Obrigada por escrever, estou pensando várias coisas agora.
Obrigada pela dica, Fabi - vou correr rápido atrás do livro - e por me receber no Substack com cafézinho passado. :)
gostei demais dessa edição que explodiu o limite de caracteres <3
Obrigada, eu estava realmente preocupada em truncar o gmail de geral, mas parece que acabou abrindo em grande parte dos e-mails? :D
“Não escrever começou a dar mais trabalho do que escrever.” - eu sei que doeu, mas que bom que não escrever finalmente tornou-se insuportável. Eu esperei tanto, mas tanto por esse momento, amiga. Saboreei cada parágrafo, cada frase, palavra, vírgula, cada respiro desse texto. Estou muito feliz pelo seu retorno, minha Gabs. Senti você emergindo em cada frase, me emocionei com você. E, em alguns momentos, tive dificuldade de ler porque meus olhos ficaram ligeiramente alagados. Volto depois, porque agora a emoção da amiga que te ama tá afetando a leitora de fazer um comentário mais coerente e inteligente.
Amiga, eu te amo. Você sabe, né. Obrigada por estar comigo nesse momento - e apesar desse último ano, que eu fui a pior. amiga. possível. <3
Mulher pelamordadeusa. O disclaimer desse texto não devia ser sobre os caracteres! Tinha que ser algo tipo ARE U READY FOR THIS?? Eu fico BESTIFICADA com a sua escrita, com a profundidade dos teus textos e do arcabouço cultural que teu cérebro carregaaa!!! Mas com esse seu comeback eu fiquei, mais do que nunca, tocada (e por tocada entenda que 😭😭😭). E me identifiquei forte com a dificuldade de se permitir sentir-se miserável, uma vez que temos consciência social, sabemos o mundo (o país e a cidade) onde vivemos. Ainda não sei como me permitir sofrer em cima de nossa pequena montanha de privilégios (que, no nosso caso, estão mais para direitos básicos ou sorte de não estar no lugar errado na hora errada). Mas desconfio que a resposta esteja justamente nesse texto. AFF... EU FICO BESTAAAAA 😍🌷🫠 OBRIGADA POR VOLTAR.
Namárcia, eu sempre digo isso, mas eu te amo, mulher, entenda. :)
Nem vem que eu que te amo e BEM MAIS <3 (Em tempo: talvez ao tentar logar na minha conta substack pra curtir seu comentário eu tenha tentado logar NA SUA CONTA. Fique tranquila! Não foi um ataque hacker! Ai, que burra, dá zero pra ela)
Caramba, eu amei seu texto. Eu entrei aqui pra dizer isso. Eu encaminhei pra minha esposa e logo já vou encaminhar pra um amigo assim que ele me passar o email. Sério, fantástico
Oi, Emerson! Obrigada pelo carinho, e por espalhar a o meu texto. Espero que a sua esposa e seu amigo gostem. Um abraço. :)
Menina, que newsletter incrível. Estou aqui me redescobrindo na internet depois de completar 40 anos (qual é meu espaço aqui neste mundo? Na internet?) e encontrei o Substack. Também estou preparando meus escritinhos pois, como você, prefiro escrever a não escrever.
Também tenho minhas vezes com o luto, pois perdi meu pai aos vinte anos e vivo presa em what ifs de como seria se ele ainda estivesse vivo. E acho que, aqui no Brasil, a vida é tão absolutamente desvalorizada, sabe, temos que lidar com a morte diariamente, são tantas tragédias, essa COVID e tantas outras coisas... que parece que o brasileiro vive em um estado constante de luto e desilusão (pois sabemos que não há como melhorar). E você está no olho do furacão. Processe seus lutos e suas dores, e se for através da escrita, melhor.
Entendo muito bem essa exposição da vulnerabilidade em uma internet que já não é mais segura desde a era dos blogs. Mas saiba que aqui é um espaço seguro e que estamos com você :)
Continua escrevendo! Eu também vou. Precisamos.
Um beijo e um abraço!
Muito obrigada pelo carinho, Thais! Vamos seguir escrevendo juntas. Um beijo.
gostei muito do texto! que bom que você desistiu de desistir dele. eu ia comentar algumas coisas, mas nao consegui formular nada. preciso pensar
Eu sinto que aqui em Petrópolis, a gente revive esse luto da última chuva constantemente, seja quando chove mais forte, seja vendo as feridas nas montanhas. Somos sortudas de continuarmos aqui. Você já viu Suzume? Quase não acreditei que tava em cartaz no Mercado Estação (of all places), mas também é um filme sobre lutos e grandes tragédias, sobre aprender a fazer sentido delas. Apesar das dores, fica a alegria de te ver escrevendo de novo. Bem vinda de volta!
Sim, eu tb tive essa impressão no fim do ano. Especialmente porque moro muito perto de um ponto de apoio, então qualquer chuva já ouço as sirenes. Minha mãe diz a mesma coisa: ela estava no centro no dia da primeira chuva, ficou ilhada no Shopping Dom Pedro e ainda me ligou para brincar comigo que a cidade havia enchido e ela ia aproveitar para seguir o meu conselho em caso de enchente: lanchar. Como o centro enche TODO ANO eu não dei nada por isso até que começaram a surgir os vídeos no Twitter e minha mãe, àquela altura, estava quase sem bateria. Ela teve que voltar para casa à pé, tarde da noite, com um grupo de desconhecidos, através da lama e das barreiras e dos corpos, Rua Teresa acima. Nosso bairro sem luz, ela não conseguiu carregar o celular, top 5 piores momentos da nossa vida fácil.
Em uma nota um pouco menos pesada: 1) não vi Suzume, mas como gosto muito do Makoto Shinkai já vou colocar na minha lista, obrigada. 2) De vez em quando o Estação vira cinema alternativo aleatoriamente. É muito bizarro HAHAHAHA. Três meses de um único filme da Marvel dublado em todas as salas e pufff, duas semanas de um filme iraniano numa sessão de duas da tarde.
Foi tudo muito bizarro, sinto muito pela experiência de vocês. Aqui no Valparaíso teve algumas ocorrências assustadoras, mas eu já estava em casa e não senti o impacto de muita coisa - até por falta de luz e Internet. Só me dei conta na manhã seguinte. Uma noite desgraçada que ficará na cabeça da gente por muito tempo.
Espero que goste de Suzume! E sim, os cinemas dessa cidade! Tem coisa que só em Itaipava ou sala gold, aí do nada essas pérolas na promoção de 2x1 (sério, eu e meu marido pagamos juntos 11 reais haha). Vamos aproveitar o que tem de bom!
Que texto incrível. O pior, ou melhor, é que ontem li Blues do fim dos tempos do Ian McEwan e sua newsletter complementou totalmente a inquietação provocada pelo conflito entre a extinção, nossa, da espécie, das nossas identidades e memórias. Obrigado por compartilhar essa reflexão genial.
Esse eu não li. Entrando para a minha listinha urgentemente. Obrigada por sugerir. :)
Te conheci depois que alguém me mandou teu tuíte sobre o D.O.I. e ainda bem que cliquei no link do substack
eu aqui lidando eternamente com arrumações, "minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos", saboreei e me emocionei com cada palavra. te amo, amiga. bem vinda de volta.
Li o texto por recomendação de outra newsletter e nossa, que ventos bons que me sopraram até aqui! Ultimamente tenho lido muito sobre o Apocalipse pra tentar entender como estamos vivendo este agora, que parece cada vez mais definitivo. Me deu muito o que pensar (e, esperançosamente, o que escrever). Obrigada ❣️
Que maravilha poder voltar a ler seus textos.
Abri a lista do Letterboxd e há, nela, Choosing to Die. Lembro-me do quanto chorei quando assisti a morte do entrevistado, do choque absurdo que senti, uma mistura de tristeza e revolta. Era a primeira vez que assistia alguém morrer. Alguns anos depois meu pai infartou e ficou no CTI por um mês, onde infartou novamente mas por fim estabilizou. Ele desceu para o setor, e fui ser acompanhante. Havia outros pacientes lá, e o quarto fedia urina. Às três horas da madrugada, e ele pediu para caminhar. Deu alguns passos dentro do quarto e perdeu as forças. Eu até tentei pegá-lo mas a bermuda escorregou e ele caiu uns 20 centímetros de bunda no chão. Peguei ele no colo e coloquei na cama. Perguntei se estava boa a posição e ele disse que sim. Só que ele estava mais pro meio da cama, então o coloquei mais pra cima e e perguntei se estava bom. Ele não respondeu. Acendi a luz e na hora notei que a pupila dele continuava dilatada. Saí correndo e chamei os enfermeiros.
Quando cheguei no quarto com os enfermeiros notei que o mamilo dele tinha descolorido. Era parada. Uma enfermeira começou imediatamente massagem cardíaca, enquanto os outros iam buscar os equipamentos.
Foi declarado óbito após 45 minutos de tentativa de ressuscitação. A camisa do enfermeiro que ficou fazendo massagem cardíaca estava ensopada de suor. Durante estes quarenta minutos eu não estava desesperado, mas ansioso. Fiquei andando no corredor. 88 passos para atravessar, 1 minuto e 33 segundos de duração. Eu soube de sua morte alguns minutos antes do médico sair do quarto para anunciar - notei que o som das máquinas havia parado.
Olhando em retrospecto, Choosing to Die me preparou para um pouco para este momento – se é que o termo "preparado" possa ser aplicado, claro. Há certo conforto em viver a vida e viver a morte dos outros. Vou dar uma olhada em alguns dos outros filmes e livros que você cita (o viver a vida dos outros, né), embora tenha uma certa dúvida que terão impacto maior que esta newsletter. Obrigado.
Muito obrigada pela dica! Acabei de consertar - e ri bastante que o que estava no lugar foi um artigo sobre a trajetória doida do sujeito que criou o Duolingo. :)